Rádio Duda Campos Show

Radio Duda Campos Show.......Vale apena ouvir de novo...duda campos

Duda Campos- cronicas

ALGUMAS COISAS QUE QUERIA PRA MIM....
A gente não sabe deixar as coisas simplesmente acontecerem. Eu não sei. Queria ficar recluso, queria me fortalecer, queria estar mais seguro pra enfrentar o mundo como eu gosto, com toda a autoridade do mundo. Mas eu atropelo o processo!

Eu provoco, crio situações, me deixo levar por desejos só porque eu acho que a vida é mais divertida deste forma, é mais verdadeira. Mas eu não sei lida com tudo isso. Então, eu fico na dúvida sobre o que eu fiz ontem, eu espero ansioso, muito ansioso pela resposta do amanhã e eu não consigo viver o hoje do jeito que eu preciso.

Meu estômago dói, a angústia acaba comigo, as ideias não dão trégua pra minha cabeça, não deixam em paz a minha alma. E eu só queria, uma vez na vida, encontrar a alegria assim, de primeira, sem ansiedade, sem grandes expectativas. Não acho que seja pedir demais, eu não acho mesmo! Mais um dia eu cheho lá.....

É QUE PARECE UM SONHO....

A minha cabeça não dá conta do que meu coração e minha alma sentem. Ela não processa, porque sabe que eu não esperava que pudesse sentir tudo isso.

Este amor que me completa, que me tira o chão, que me faz querer viver pra sempre perto de você. E eu nunca planejei coisas como estas. Eu nunca pensei que pudesse querer passar minha vida com alguém, ter um filho muito desejado com alguém, porque já me roubaram isso um dia!

Querer tanto alguém como eu te quero me deixa apavorada. Eu tenho medo de perder o que está se construindo. Que alguma catástrofe aconteça e eu perca tudo.

É que parece um sonho, você entende? Eu encontrar alguém que eu goste tanto e que a recíproca seja verdadeira. Eu quero bem a você.

Eu só queria dizer isso, que pra mim a vida nunca foi fácil, e eu passei parte dela nadando contra a maré e quando tudo parece que vai dar certo, eu desconfio, eu duvido. Você me dá a sua paciência? Porque eu tenho todo o amor do mundo pra te dar e eu quero muito que você aceite do jeito que sou....


AOS CRENTES SEDENTARIOS
Sem dúvida estamos vivendo a geração do "deixa a vida me levar", uma geração sedentária e acomodada de homens e mulheres, jovens e até crianças que pouco ou nada fazem para levar ao crescimento a sua própria vida, nem à sua família, nem o meio em que vivem. Mas o pior é quando este tipo de comportamento vem parar dentro da Igreja, o que vem se tornando em uma realidade muito inconveniente. Algumas características podem ser observadas naqueles que assim procedem.
O crente sedentário é aquele que está sempre esperando que alguém faça, e faça muito bem feito, aquilo que ele mesmo se recusa a fazer, enquanto a realidade é que Deus chamou a cada um para que seja " vaso de honra, santificado e útil ao Senhor, preparado para toda boa obra" (IITm 2:21).
O crente sedentário sempre prefere assistir passivamente ao invés de participar ativamente das atividades da igreja, com isso torna-se alguém que está sempre observando como os outros desenvolvem suas funções. Inconsciente e inevitavelmente, torna-se um crítico perspicaz que sabe a "melhor maneira" de fazer as coisas, mas não deseja ele mesmo fazer. Este tal não acrescenta em nada no trabalho da igreja e por fim, peca, pois "aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado" (Tg 4:17).
Também podemos notar que o crente sedentário está sempre esperando que as coisas lhe aconteçam sem que ele faça o menor esforço, quando Jesus nos diz sobre o Seu Reino é que "desde os dias de João, o Batista, até agora, o reino dos céus é tomado a força" (Mt 11:12). Existe sim um preço a ser pago, um esforço a ser feito. Não me refiro ao preço pela salvação pago por Jesus, claro, mas me refiro às horas em oração, aos jejuns, aos momentos de intensa busca pessoal, á renúncia aos próprios desejos, a calar-se quando se queria falar, a parar quando se queria agir, a agir quando o que se queria era parar, a ir quando se queria ficar...
Faltam aqui palavras para retratar a infinidade de características desse mau procedimento. Mas o é certo é que a realidade quanto ao mal que este tipo de vida pode trazer, não apenas para si mesmo, mas para sua igreja, seu marido, sua mulher, seus filhos.
Por fim, vamos lembrar das palavras de Paulo quando aconselha "exercita-te a ti mesmo" (ITm 4:7) e jamais esqueça que nenhum esforço, nenhum trabalho no Senhor é vão (ICo 15:58). Fuja do sedentarismo espiritual!

Boneca

Ouvi uma história muito bonitinha pra não fugir do linguajar capão bonitense , a respeito de uma menina que sonhou ganhar uma boneca nova no Natal.Ela "namorou" a boneca muitas vezes na vitrine da loja e fez questão de mencionar seu desejo em frente de toda família pra ver se alguém se comovia. O Natal chegou e, para sua surpresa, a boneca veio muito bem embrulhada num pacote cheio de laços vermelhos e dourados. - Obrigada vovó, você é mesmo demais.A festa foi se desenrolando, as horas passando até que a garotinha começou a ficar sonolenta. Ela juntou ao seu redor todos os presentes que havia ganhado, mas não conseguia se acomodar. Foi então que ela desapareceu da sala. A vovó saiu a sua procura e a encontrou em seu quarto, agarrada a sua velha bonequinha, com feições desmaiadas, pouco cabelo e sem um braço.- Parece-me que você não gostou tanto assim de sua nova boneca! Veio dormir com sua boneca velha., perguntou a vovó da menina.- Vovó, eu adorei a boneca nova, mas sabe, ela é tão linda que qualquer pessoa pode amá-lá, esta aqui não tem ninguém para amá-lá, senão eu., respondeu a menina.Achei que esta história poderia nos ensinar alguma coisa sobre aceitação das limitações e dos defeitos - feiúras - dos outros. Um amigo me deu um quadrinho que diz: "Amigo é alguém que sabe tudo sobre você e ainda gosta de você." É tão fácil amar o amável, o belo, o bondoso.Quando você tiver dificuldade de aceitar e amar alguém lembre-se que Deus o aceita como você é e o ama "apesar de você".Há alguém no seu dia-a-dia difícil de engolir? Pois decida a amá-lo. Amar é muito mais uma decisão do que uma emoção. Decida primeiro que a emoção virá depois.
Eu amo você.....
duda campos

Seu semblante revela o que você pensa
Certa vez uma jornalista me entrevistou para falar sobre a mentira. Ela queria saber como seria possível identificar um mentiroso novo. Isso porque, dizia ela, os velhos mentirosos, principalmente os que atuam na política, já são muito conhecidos, mas os novos, não. Estão chegando agora para nos enganar.
Não titubeei na resposta: pela fisionomia. Sim, é pela fisionomia que as pessoas normalmente se traem. Podem até interpretar muito bem a personagem, mas em algum momento serão traídas pela fisionomia.
Nem sempre percebemos conscientemente o detalhe do jogo fisionômico, mas algo lá no nosso inconsciente, como disse Freud, identificará essa mensagem do inconsciente do outro.
A fisionomia possui duas funções muito importantes na comunicação - a expressividade e a coerência. Deve ser expressiva para auxiliar na condução da mensagem e na complementação das informações. E precisa ser coerente para que a mensagem transmitida pelas palavras tenha respaldo e legitimidade na comunicação do semblante.
Se você falar de tristeza, a sua fisionomia deverá demonstrar esse sentimento. Tanto assim que, em algumas circunstâncias, você precisará interpretar sua própria verdade, pois, ao falar de um sentimento, mesmo que esteja sentindo o que está dizendo, a fisionomia deverá mostrar de forma expressiva essa mensagem. Você sente, diz que sente e interpreta o que efetivamente sente.
A linguagem humana atua, interfere na linguagem da face e do corpo. Por isso, a expressão total de um organismo deve ser literalmente idêntica à impressão total que o organismo provoca em nós'.
Essa expressão total, que caracteriza a coerência da comunicação, é confirmada ou negada especialmente pela fisionomia. Por isso, procure sempre sentir o que está dizendo e analise se a sua fisionomia está sendo coerente com esse sentimento.
Fazendo parte da fisionomia, os olhos também são um excelente indicador da coerência entre a mensagem transmitida com as palavras e o sentimento. Durante uma apresentação, os olhos cumprem dois objetivos: o de receber o retorno, analisando como os ouvintes reagem e se comportam diante da mensagem, e o de valorizar a presença das pessoas no ambiente.
Se, ao olhar para a platéia, você perceber que as pessoas estão desatentas, movimentando a cabeça de um lado para outro, distraídas com objetos ou com qualquer outro sinal de desinteresse, talvez haja tempo de trazê-las de volta à realidade e estimulá-las a continuar prestando atenção.
Você poderá, por exemplo, mudar o ritmo da fala, alterar a gesticulação, incluir novas informações, leves e interessantes, e quem sabe até resgatar uma apresentação praticamente perdida.
Se você não olhar para os ouvintes, não terá condições de saber se eles estão ou não gostando, se estão acompanhando o desenvolvimento do seu raciocínio, se estão interessados e assimilando a mensagem.
Quando você olha para a platéia, mesmo que não consiga ver cada um dos ouvintes, as pessoas se sentem olhadas, prestigiadas, incluídas no ambiente. Por isso, distribua a comunicação visual para todos os lados do auditório, olhando ora para quem está sentado à esquerda, ora para quem está sentado à direita.
Há dois tipos de ouvintes que atrapalham muito a apresentação - aquele que se mostra hostil, balançando negativamente a cabeça e fazendo caretas de desaprovação, e o bonzinho, que está sempre concordando com o orador acenando com o sim de aprovação.
Não caia nessa armadilha. Evite olhar a maior parte do tempo para o ouvinte hostil com a intenção de fazê-lo mudar de opinião, e também não olhe muito para o ouvinte bonzinho só porque sentiu o conforto do seu consentimento.
Nas duas situações estaria se escravizando a esses ouvintes e deixando de olhar a platéia toda, correndo o risco de que os demais dispersassem a atenção.
A fisionomia, incluindo aí a comunicação visual, é um aspecto de importância fundamental para o sucesso da arte de falar em público ou nas conversas do dia a dia. Por isso, observe bem como tem usado o semblante na sua comunicação para melhorar ainda mais o resultado de suas apresentações.

Quem rouba ovo rouba cavalo
O título deste artigo é um antigo ditado árabe, apropriado a certos fatos que freqüentemente você vê acontecer nas empresas. Recentemente o país se chocou ao ver publicado em toda a imprensa o relatório de gastos com os cartões corporativos do governo federal. Festa de compras em freeshops, esteiras para ginástica, tapioquinhas, enfim, um show de desvarios à custa do nosso dinheirinho, arrecadado na forma de impostos.
Da mesma maneira, vejo pessoas que se aproveitam da estrutura de suas organizações para infindáveis telefonemas interurbanos — às vezes internacionais —, de cunho absolutamente pessoal. Igualmente feio é aquele que faz uso durante horas da internet da companhia para trocar correspondência com seus amigos de Orkut, viajar por sites interessantíssimos, mas que nada têm a ver com sua rotina nem seus objetivos de trabalho. O mais engraçado é que o profissional que age dessa forma muitas vezes trabalha em uma empresa que remunera seus funcionários todos por participação nos resultados — e o espertalhão não se dá conta de que seu desperdício acaba por prejudicá-lo.
Fico sempre chocada ao pedir uma nota fiscal em um restaurante e o garçom, na maior naturalidade, perguntar se a quero no valor da despesa ou se prefiro tê-la com algum outro valor! Se a pergunta existe é porque existe gente que pede que a nota fiscal seja emitida dessa forma, não é mesmo? Quem faz isso em seu dia-a-dia na empresa não tem moral alguma para se chocar com os gastos estapafúrdios e sem sentido nos cartões corporativos do governo — o ditado acima literalmente quer dizer que aquele que se apropria um pouquinho do que não lhe pertence, se tiver chance, vai se apropriar do que é dos outros “bastantão”!
Assim, vamos combinar: não se choque se, em sua empresa, houver mecanismos rastreadores do uso da internet — você pode não ser um usuário despido de ética, mas aposte que ao seu redor existem pessoas que o são! Faça a sua parte de maneira responsável e íntegra porque, sem ética, jamais haverá conduta elegante. Seja honsto.

Humanas esperanças
A maldade se esconde em qualquer canto, se disfarça em varias faces e nos mais diversos formato. A face do mal pode ser a face humana, o mal está em nós, somos corrompidos a todo o momento, deixamos nos corromper. Muitas vezes inconsciente ou não, praticamos pequenos atos, que elevam ou não a nossa condição humana. Não importa o tamanho do delito, só o fato de praticar e ferir o semelhante, já diz que as condições humanas mergulham nas fontes do mal ou do bem. Beber dessas fontes é livre arbítrio. Pode-se tudo, e ao mesmo tempo não se pode nada. Tudo flui, conflui, faz, se desfaz, refaz, diz e contradiz, somos a face da mesma face, somos o mesmo olhar fitando o mesmo horizonte. E em longínquos jardins, o paraíso e a solidão se perpetuam na essência do mal. Na antiguidade, todos os males eram atribuídos aos deuses, não que eles fossem maus. Os males eram visto com um castigo dos deuses a desobediência dos homens as ordens ou aos preceitos divinos. Se for pensar profundamente sobre isso, é interessante e ao mesmo tempo muito cômodo, pois é muito fácil atribuir nossos erros aos outros, eximindo de nossas culpas. Na contradição humana, a maldade se manifesta sobre as belas formas. A distancia entre o amor e o ódio não é um abismo como se pensa. Amor e ódio andam lado a lado. Na contradição humana, a vida caminha sobre paradoxo, somos a própria contradição, caminhando em mão única. Querer é poder, saber é poder, sapiência e demência, corações e mentes. A banalização está em todo canto, em todos os meios. O homem é o lobo do homem, afirma o filósofo Thomas Hobbes. No contexto civilizatório, essa afirmação não deixa nenhuma dúvida. O homem usa sua imensa capacidade e potencialidade tanto para construir como para destruir. As duas guerras mundiais e os inúmeros conflitos que maculam o nosso tempo fazem com que acredite nisso. A esperança parece ser algo muito distante, além do nosso alcance. Algo que se esconde logo adiante, mas que nossos olhos não conseguem ver. A incapacidade de ver e perceber o que acontece ao nosso redor ou enxergar apenas o nosso umbigo. São olhares virtuais na tela do imaginário, e o que acontece do lado de lá é puramente entretenimento, um jogo que não há vencido e nem vencedores, todos são perdedores. A atual crise financeira pode ser definida como o resultado desse jogo. Em que a irresponsabilidade e a insanidade de um podem jogar todos na lama. E as mãos sujas sujarão o corpo inteiro, e não há água o suficiente para limpá-lo. No jogo do poder, o poder é de quem joga sujo. E nesse campo pelo o que se vêem os vícios superam as virtudes, e as flores morrem no silêncio dos jardins, sob os sepulcros dos ignorantes. Apesar de tudo isso, ainda sopra o vento da esperança, daquelas que não esperam que alguém tragam flores, mas sim semeie o bem em todos os jardins. E quem sabe numas dessas manhãs, o sonho amanheça uma nova manhã.

A solidão das flores
Semear a semente e colher seus frutos. No hiato entre semear e colher a um determinado tempo. A ternura da terra com a semente, a solidariedade entre o que é e o que está por vir. Até que cheguem os frutos, a colheita há um percurso, um caminho a ser caminhado. Pedras, espinhos, flores estão pelo caminho, não adianta deixar de caminhar por causa dos obstáculos. Somente chegamos onde queremos após darmos o primeiro passo. Podemos até escolher o caminho, mas os obstáculos são inevitáveis. Somos impulsionados a voar, embora muitas vezes não entendamos muito bem o porquê as coisas acontecem. E muitas vezes escondemos de nós mesmos. Recuamos para recomeçar, reiniciar. Mas o tempo já passou e o ventou levou os resquícios de um dia que passou a ser ontem.
A solidão das flores nos áridos campos da vida, e onde as chances são raras. Muitas vezes as sementes são jogadas nos sólidos terrenos da preguiça e perde sua vitalidade. E o pão na farta mesa de alguns e migalhas na mesa de muitos. Em volto ao manto da injustiça, a grandeza do mundo se apequena na estupidez humana. Os olhos fitam o horizonte desnublando o infinito e os sonhos se perdem entre neblinas. O ser e a essência, sonhos e utopias; vícios e virtudes, um caminho para o sol. Não há caminho, faz-se caminho ao caminhar. Como disse o poeta pernambucano Thiago de Mello: "Não preciso de um novo caminho, mas de um novo jeito de caminhar". E assim somos todos nós, caminhante em veredas desconhecidas e o único objetivo é a chegada. Mesmo sabendo que a estrada é longa. Muitas vezes carregamos sozinho o fardo sob o peso da nossa própria ignorância. Não podemos fugir de nós mesmo, embora muitos não se encontrem consigo mesmo, vive fugindo de algo que não conhece. Beber da fonte a água pura e embriagar na solidão dos jardins e depois ir embora para outro lugar. Enfim, chegam às chuvas para florir as flores e colorir o infinito e embevecer o terreno dos áridos corações. Enfim o infinito e os olhares de Deus na imensidão do paraíso e as mão em busca de paz em eterna louvação.

Vestígio de um sonho
As portas entreabertas acolhem as dores das feridas do tempo? Nos muros ainda as frases de protestos, e a melodia suave do vento ao entardecer? Num canto qualquer talvez qualquer coisa, talvez um sonho tentando esquecer a realidade e se escondendo por entre o vazio do nada. Na mente apenas lembranças, resquício de momentos, vestígio de um instante que se faz presente na ausência de um olhar. Talvez seja preciso fechar os olhos para ver melhor. Mas o mundo não pára para repor e recompor os instantes que fez passado no simples piscar de olhos. Não adianta consertar o que se quebrou, o tempo não se refaz, e as águas correm para o mar. Talvez alguém me explique o inexplicável, essa complexidade, cujo paradoxo seja o próprio complexo do complexo humano. Ainda que haja respostas para tudo, haverá perguntas sem respostas. E não adianta dar velhas respostas para novas perguntas. Não será possível explicar o acaso, não sabemos ler o enigma do tempo. Tudo se esvai, na perene perplexidade do absurdo, não há caminho, faz-se caminho ao caminhar dizia o poeta. Não adianta ter asas, a liberdade não existe, não há sonhos depois do horizonte e nem aro-íris depois da chuva. O sentimento apagou o sol no silêncio de um instante que se acabou. Quem são os autores da divina comédia humana? Imagino o inimaginável e a possibilidade de não imaginar o quão é solitário a solidão. E o sonho não quer sonhar e a noite parece uma eternidade, mas os olhos querem ver e as mãos acariciam a face das manhãs. Mas a dor perpassa a alma e perfaz o caminho sobre as curvas das veredas, e sob os olhos do caos. Não adianta dizer que ama, é a estupidez que o condena. Não adianta vir com meias verdades, pois na batalha humana ela é a primeira a ser derrotada. A mente aturdida em busca no inalcançável repousa a beira-mar sob o sol da meia noite. Não, não vá, fique mais um pouquinho e se delicie com a delicia da doçura das doces lembranças dos dias que estão por vir. Ainda há voz, mesmo que seja apenas um murmúrio. Ainda há paz, mesmo que esteja distante. As mãos querem alcançar as estrelas, mas o céu está distante demais, a indignidade impede de aproximá-la. Não digas que não há mais tempo, não me deixe só em meio a escuridão. Envolvido em êxtase, desfaço em silêncio e me embriago com um cálice de desejo, e me perco mata adentro. Não posso ver, não consigo sair sou um transeunte nessas estranhas veredas. Não é metáfora e muito menos parábola, é a pura realidade da saga humana, do poder e do puder. Talvez haja outros caminhos, mas há flores mortas e palavras vazias. Mas o sol ainda aquece e a chuva floresce os jardins e um Deus solidário habita em cada um. Pela fresta da janela uma réstia de sol e um convite à vida, pulsando incessantemente. De repente o transcendente desfigura em minha frente, e deslumbra o paraíso. Volto a mim mesmo e refaço todos os momentos na eternidade de um instante, na louca loucura de um sonho interminável.















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